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Capacidade de lidar com a rejeição

A capacidade de saber lidar com o "não" é fundamental no percurso profissional, especialmente no momento de transição entre a formação académica e a entrada no mercado de trabalho. O testemunho abaixo ilustra bem essa realidade:

"A capacidade de saber lidar com o não é também importante. Então, se calhar, uma dificuldade foi chegar ao fim do curso e entender quais é que eram as portas disponíveis para mim."

Este depoimento reflete uma das grandes incertezas enfrentadas por muitos recém-formados: a dificuldade em identificar oportunidades concretas após a conclusão do percurso académico. Se, por um lado, o fim do curso representa um marco de realização, por outro, levanta questões sobre as possibilidades reais de inserção no mercado de trabalho, que nem sempre correspondem às expectativas criadas durante a formação. O mercado de trabalho contemporâneo é dinâmico e exigente, e a passagem da fase de aprendizagem para a fase de atuação profissional nem sempre ocorre de forma imediata. A dificuldade mencionada no testemunho – "entender quais eram as portas disponíveis" – evidencia a necessidade de adaptação, de pesquisa ativa sobre as oportunidades existentes e, acima de tudo, de uma mentalidade resiliente face à incerteza e à eventual rejeição.

Saber lidar com o "não" torna-se, assim, uma competência essencial. No contexto profissional, as recusas não são necessariamente um reflexo da falta de competência do candidato, mas podem estar relacionadas com fatores externos, como a conjuntura do mercado, a elevada concorrência ou a adequação específica ao perfil procurado pelas organizações. O diferencial está na forma como cada pessoa reage a essas dificuldades: enquanto alguns desmotivam perante as barreiras, outros conseguem transformar os desafios em oportunidades de crescimento.

Para enfrentar estas dificuldades e garantir uma integração mais eficaz e equilibrada no mercado de trabalho, é fundamental adotar algumas estratégias:

  1. Exploração ativa das oportunidades
    A compreensão das "portas disponíveis" exige um trabalho de investigação e contacto com o setor. Recorrer a serviços de orientação profissional, participar em feiras de emprego e procurar mentoria com profissionais da área pode ajudar a clarificar as opções e a definir estratégias mais eficazes para a entrada no mercado.

  2. Flexibilidade e abertura a novas possibilidades
    Nem sempre a primeira oportunidade surge exatamente na área desejada. Manter uma atitude flexível e explorar setores adjacentes ou funções que permitam desenvolver competências relevantes pode ser uma forma de ganhar experiência e, posteriormente, reorientar o percurso profissional.

  3. Resiliência perante a rejeição
    A rejeição deve ser encarada como parte natural do processo de crescimento profissional. Cada resposta negativa pode servir como uma oportunidade de reflexão e melhoria, seja na reformulação do currículo, na preparação para entrevistas ou na aquisição de novas competências.

  4. Investimento na formação contínua
    O mercado de trabalho valoriza profissionais que demonstram iniciativa e capacidade de adaptação. Complementar a formação inicial com cursos, certificações e experiências práticas pode aumentar significativamente a empregabilidade e abrir novas portas.

  5. Construção de uma rede de contatos (networking)
    Muitas oportunidades profissionais não são divulgadas publicamente, sendo acessíveis apenas através de recomendações e referências. Estabelecer ligações com professores, colegas de curso, profissionais da área e participar em eventos do setor pode facilitar a descoberta de novas oportunidades.

O testemunho apresentado evidencia um desafio transversal a muitos jovens profissionais: a dificuldade em identificar caminhos viáveis após a conclusão dos estudos e a necessidade de enfrentar a rejeição com maturidade. No entanto, este período de incerteza pode ser transformado numa fase de crescimento, desde que se adote uma postura proativa e resiliente. A capacidade de lidar com o "não", de explorar alternativas e de manter o foco no desenvolvimento contínuo são fatores determinantes para a construção de um percurso profissional bem-sucedido.

1 abril 2025, 23:26 

PUBLICAÇÕES DE COLEGAS

Olá colegas.

Deste vídeo podemos constatar que, a falta de experiência é um dos obstáculos mais recorrentes, especialmente para jovens profissionais. Desta forma, reflete-se a exigência de experiência prévia no mercado de trabalho. Neste "paradoxo" (exigir experiência para quem está a começar) é gerado um ciclo de frustração, como relata um dos entrevistados: "as propostas que eu recebia chateavam-me um bocadinho... faltava experiência na área ativa".

A solução encontrada, no entanto, demonstra uma postura proativa - criar a própria experiência. Frente à recusa do mercado em oferecer oportunidades, o entrevistado optou por produzir conteúdo autoral, e utilizar as redes sociais como o YouTube para desenvolver habilidades práticas. Essa estratégia, descrita por ele como "uma rebeldia", permitiu-lhe construir um portfólio tangível, mesmo sem validação institucional. Esse caso ilustra como a autonomia e o uso criativo de ferramentas disponíveis podem substituir a falta de oportunidades formais, e assim, acaba por transformar a carência da experiência num diferencial competitivo.

Deixo as outras situações para vocês.

Saudações orientais!

Emanuel Guerra - terça-feira, 1 abril 2025, 06:25 

Na sequência do post do colega Emmanuel, é evidente que a falta de experiência é um dos obstáculos mais comuns, especialmente para os jovens profissionais. Assim, reflete-se a exigência de experiência profissional prévia.
Neste "paradoxo" (exigir experiência para quem está a começar) é gerado um ciclo de frustração, como relata um dos entrevistados: "as propostas que eu recebia chateavam-me um bocadinho... faltava experiência na área ativa".
Um dos entrevistados referiu que as propostas de emprego que recebia eram decepcionantes devido à falta de experiência exigida. Esta frustração comum entre os jovens profissionais é um testemunho da questão sistémica de os cargos de nível inicial exigirem frequentemente experiência que os candidatos de nível inicial ainda não possuem.
Esta história exemplifica a importância da autonomia, da criatividade e da desenvoltura para enfrentar os desafios do mundo profissional. Mostra como os indivíduos podem transformar os constrangimentos em oportunidades, tomando a iniciativa, pensando fora da caixa e utilizando as ferramentas e plataformas disponíveis para mostrar os seus talentos e capacidades. Em última análise, esta atitude proativa não só colmata a lacuna de experiência, como também posiciona os indivíduos como candidatos adaptáveis, inovadores e competitivos num mercado de trabalho exigente.

Claudia Soares - terça-feira, 1 abril 2025, 08:21 


Após a mensagem inicial, encontrei em primeira mão o desafio da falta de experiência. Ao iniciar a minha carreira de educadora sem qualquer formação prévia, senti-me frequentemente frustrada e insatisfeita com os resultados obtidos na sala de aula. Sem saber ao certo as razões por detrás destes sentimentos, fiquei estagnada na minha profissão até decidir procurar proativamente formação na área da educação. Procurei conselhos de colegas, pedi observações a mentores para obter um feedback valioso sobre as áreas que necessitavam de ser melhoradas. Sem esta introspeção e vontade de compreender o "porquê", não teria progredido até onde estou hoje. Muitos dos jovens da nova geração não têm esta abordagem proativa, confiando fortemente na orientação e nas ligações profissionais. No entanto, os jovens de hoje demonstram alguma iniciativa, adquirindo ativamente novas competências, participando em workshops e até fazendo voluntariado para ganhar experiência e construir uma base sólida para as suas futuras carreiras.

Claudia Soares - terça-feira, 1 abril 2025, 10:22 

Olá colega!
Agradeço a tua partilha, com a qual me identifiquei bastante. A falta de experiência inicial é, de facto, uma das dificuldades mais referidas por quem está em transição da formação para o mercado de trabalho. Tal como referiste, essa etapa pode gerar alguma frustração, sobretudo quando sentimos que temos a formação adequada, mas mesmo assim encontramos obstáculos no acesso às oportunidades.
Achei interessante a forma como salientaste a importância de criar as próprias oportunidades ou de explorar caminhos alternativos como forma de superar essa limitação. Essa perspetiva também foi bastante valorizada no vídeo, onde alguns entrevistados usaram estratégias como projetos independentes, envolvimento em redes de contactos e partilha de trabalho online para contornar a exigência de experiência.
A tua reflexão reforça a importância de mantermos uma postura ativa e resiliente, mesmo quando o contexto não nos favorece.

Sara Lemos - terça-feira, 1 abril 2025, 09:56

O meu comentário

A falta de experiência inicial é um desafio que, como todos sabemos, afeta muitos profissionais, especialmente aqueles que estão a fazer a transição entre a formação académica e o mercado de trabalho. No meu caso, como auxiliar de educação e finalista da licenciatura em Educação, este tema ressoa de forma muito forte, pois vejo-o também como um obstáculo que muitos de nós enfrentamos, sobretudo aqueles que desejam fazer a transição para uma nova carreira, como no meu caso, a de Técnica de RVCC.
Como já foi mencionado pelos colegas Emmanuel Guerra, Cláudia Soares e Sara Lemos, o mercado de trabalho muitas vezes exige experiência prévia, o que pode criar um ciclo frustrante para quem está a começar. No entanto, acredito que é possível ultrapassar essa barreira através de uma abordagem criativa e proativa. O desenvolvimento contínuo de competências e o aproveitamento das ferramentas que temos ao nosso alcance, como a formação contínua, a participação em projetos voluntários ou a partilha de experiências em plataformas digitais, são excelentes formas de ganhar experiência de forma autêntica e independente.
No meu percurso, percebi que, além da formação académica, a experiência prática e a construção de um portfólio próprio podem ser decisivas para abrir portas. A busca por oportunidades de aprendizagem e a reflexão constante sobre as nossas próprias práticas são fundamentais. A autonomia e a capacidade de adaptação são características cada vez mais valorizadas e podem ser a chave para transformar a falta de experiência num verdadeiro diferencial competitivo.
Acredito que, independentemente da idade ou da experiência formal, podemos sempre criar as nossas próprias oportunidades, o que se torna especialmente relevante quando estamos a começar ou a redirecionar as nossas carreiras. Esta postura proativa não só compensa a falta de experiência, mas também nos posiciona como profissionais resilientes, criativos e com uma visão ampla das possibilidades que o mercado de trabalho oferece.

Carla Soares - terça-feira, 1 abril 2025, 23:40 

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